O que eu quero é uma carteira de jornalista

Rui Cruz
Criado a

Não é uma carteira com notas. É uma carteira com mais direitos e menos “polémicas” que me vai permitir fazer um melhor trabalho.

Ainda hoje (sim, hoje!) consegui algo que os media não conseguiram, uma entrevista com uma pessoa da Primavera Global.
Já no passado tive entrevistas com os LulzSec Portugal e outros que permitem gerar uma coisa “única” em volta da história chamada Tugaleaks. Foi um dos dois únicos no país inteiro a conseguir isso. 
Claramente que mostro que consigo coisas que os media tradicionais não conseguem no campo dois movimentos cívicos, activismo e do hacktivismo.
E é sobre isso que venho falar hoje: elevar o meu estatuto e com isso as coisas que posso fazer sem incorrer em crime ou potencial crime.

O que eu quero é uma carteira de jornalista

Não vou à universidade. O meu tempo não me permite e eu defendo o ensino “quase” grátis e não o ensino explorado ou com propinas quase com o mesmo valor de um ordenado mínimo nacional. Isso não e recuso-me a fazer parte dessa experiência de laboratório governamental.

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Nesse caso a segunda opção seria criar uma empresa e regista-la como órgão de comunicação social. Após pesquisas, vi que isso era para esquecer. É caro, e mais uma vez é dinheiro colocado aos cofres de não sei quem para fazer não sei o quê.

Virei-me então para a opção que eu não queria. Parece que preciso de um estágio (remunerado) durante 24 meses, segundo a Lei n.º 1/99 de 13 de Janeiro, art 5º, que diz no ponto 1 “A profissão de jornalista inicia-se com um estágio obrigatório, a concluir com aproveitamento, com a duração de 24 meses (…).
Ou seja, vou ter que cravar emprego como “estagiário jornalista” a algum órgão de media.

Para alguns isto pode parecer uma ideia louca. Para mim nem por isso.
Por agora isto fica aqui no blog, a marinar, para as pessoas virem ver. Mas tenciono no Verão enviar pedidos a certos sítios com os quais, dada a escolha, gostava de trabalhar. E também quero amadurecer ainda mais o Tugaleaks com um Podcast que vai nascer brevemente (wow, informação priviligiada e em primeira mão).

É irónico ter que recorrer às pessoas das quais apontei o dedo no passado, e que vou continuar a apontar. Eu penso que os jornalistas mais velhos não estão preparados para escrever sobre estas tendências revolucionárias e os mais novos estão a fazer trabalho de secretária sem investigação. Há que haver flexibilidade numa redacção, mas isso não se consegue em tempos de crise.

Enfim, wish me luck.

Rui