Como sinalizar uma obra
Rui Cruz
Segundo os Censos de 2001, a população de idosos e deficientes em Portugal totaliza 2.248.600 indivíduos (sem sobrepor a população idosa com deficiência declarada – 79.301) representando 21,6 % das pessoas residentes em Portugal (fonte). Este post vem no decorrer de uma imagem que tirei há algum tempo no meu PDA. No meio da rua, numa escadaria de calçada, estava uma obra mal sinalizada. Isto foi na Rua Aquiles Machado mesmo à Rotunda das Olaias em Lisboa.
A imagem que vemos aqui identifica bem o problema destas obras e o que pode ocorrer se alguma pessoa cega, ambliope, ou com falta de locomoção fosse tentar descer esta escada. Sendo assim, impõe-se três regras fundamentais para a correcta sinalização de uma obra ou um impedimento de passagem de peões em via pública, algo que certamente os senhores desta obra se esqueceram. São elas:
- Sinalizar ANTES do obstáculo: De nada serve a sinalização que vemos na imagem pois não é uma sinalização preventiva. Faria sentido, uma vez que mais à frente nesta mesma rua existe uma rampa, barrar o acesso à escada com algo a partir do chão (para que uma bengala para deficientes visuais possa assinalar) e até ao nível da cintura.
- Não colocar qualquer tipo de sinalização numa obstrução à passagem de peões: Todos os sinais para automóveis ou de licenciamento devem estar ou afixados 1 metro acima da altura média da cabeça.
- Fornecer sempre percursos alternativos sempre que possível: Na eventualidade do passeio para peões ficar obstruído, deve-se sempre que possível fazer um percurso alternativo. No entanto, para poder ser acessível a todas as pessoas, não devem ser usados degraus sendo as rampas a menos de 20º de inclinação e com largura suficiente para passar uma cadeira de rodas.
Pequenas dicas que farão certamente mais de 20% de Portugal feliz.
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