Desempregados? Só se quiserem!
Rui Cruz
Li uma notícia que dizia que Portugal foi o país da UE onde aumentou mais a taxa de desemprego. Isso fez-me logo lembrar que a oferta de emprego em telemarketing que falei aqui no blog teve… ZERO respostas (alias, duas respostas, de duas pesoas que moravam no Brasil, o que prova que a leitura atenta do artigo foi… zero também).
Hoje em dia o grande Português prefere viver à custa do subsídio de desemprego em vez de trabalhar. É um bocado menos, mas não se faz nada. Sempre tem (des)vantagens.
No meu contacto com o mundo do emprego e até com pessoas amigas empresárias, vejo que mesmo as pessoas vindas do Instituto de Emprego pedem encarecidamente para indicar ao Instituto que “não estão qualificados para o trabalho” para que continuem a receber. Acreditem, isto é verdade.
Mas o mais grave é as empresas de trabalho temporário não fazerem marketing para elas mesmas! Ainda agora passei pela Randstad no Oriente para procurar algo das 18h ás 22h, já que das 10h às 17h estou a trabalhar para o Citibank… Entrei, esperei. Fiquei lá 30 segundos, onde vi algumas pessoas com um ar pouco profissional. Sem segurança, secretária, ou alguém que me informasse de algo. Fui-me embora. Depois ainda vejo anúncios das empresas de trabalho temporário totalmente desmotivadores em termos de aliciação à pessoa em si.
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Outra coisa que me espanta é a falta de relacionamento entre as empresas de trabalho temporário e o Instituto de Emprego. O Instituto de Emprego está cheio de pessoas a inscreverem-se, e as Randstad’s ou empresas do género cheias de anúncios à porta e meia dúzia de pessoas lá dentro.
Em relação à notícia e ao post em si, acho que o desemprego está mesmo mal. Mas o trabalho não.
Quem quer um emprego pode ficar em casa a receber à custa do estado. Quem quer trabalhar, garanto que arranja trabalho com um pouco de esforço.
Rui