Os pontos fracos do Google Chrome revistos em 20 minutos

Rui Cruz
Criado a

Numa análise que ocorreu apenas em 20 minutos, tirando o facto de estar a escrever aqui, descobri vários problemas a nível de programação e a nível de usuabilidade.

Nem há um dia saiu e já foi apelidado do iPhone de Setembro pela Maria Nogueira e criticado com falhas que ele não quis dizer do Pedro Couto.

Mas eu digo. Eis algumas coisas que o Google Chrome não tem:

  • Eu fui à página de download e escolhi o idioma Inglês. O download foi em Inglês. A instalação foi em Inglês… até ao meio, depois foi em Português. Oi?
  • Não podemos escolher a directoria de instalação;
  • Demora cerca de 5 minutos a importar os meus bookmarks e palavras passe do FireFox. Demora mais do que a syncronizar com o Google Sync ou outras extenções;
  • Depois de importar, fui ao GMail e pediu-me os dados de login. Importou o cookie? Não? Pois supostamente devia ter feito. É o que a importação tenta fazer…

Isto é apenas na instalação da aplicação. E ainda não consegui colocar o browser em Inglês.. Agora, se formos mais à frente, encontramos problemas de usuabilidade, e alguns graves no browser:

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  • O Google Chrome coloca uma “marcação” amarela quando estamos a preencher um campo e texto, escolher uma checkbox, etc. Alguns ampliadores de ecrã já fazem isso, o que gera conflito. À primeira vista não vi nada onde fosse possível alterar esta função (EDIT: nem à última vista, antes de publicar deste artigo)
  • O botão de configurações está mal situado. Mas isso é uma opinião minha. Dentro do botão encontro logo à vista uma informação a vermelho para colocar o browser predefinido. Clico. Nada acontece, a mensagem continua. Fecho o browser, abro o FireFox. Ele não me diz que não é predefinido. Função que não funciona?
  • Voltando ao menu de Opções, último separador com o nome Nos bastidores. Se carregarmos na opção Alterar definições de proxy e carregar ESC para cancelar, a janela fecha-se. Se carregarmos na opção Gerir certificados, o mesmo fazemos e o mesmo acontece. Curiosamente, na opção Alterar definições do Google Gears isso já não acontece. Falha na aplicação? Assim parece.
  • Voltando à alteração do idioma. Na aba Definições intermédias, temos na parte Tipos de letra e linguagens (hã? linguados eu sei dar! não seria idiomas?!). Lá diz à frente Altere o tipo de letra e idioma predefinidos das páginas web. Ora eu clico no botão em baixo que diz Alterar definições do tipo de letra e idioma, e na aba Idiomas. Lá no *FUNDO*, mesmo no fundo, vejo a alteração do idioma do Chrome. Primeiro, ali está muito mal, depois, temos que andar por alterações de definições das páginas web, mas na verdade o que eu quero alterar não tem nada a ver com a página web mas sim com o programa. E por último como disse em cima, eu escolhi Inglês, e deviam instalar isso por defeito em Inglês? E essa opção da alteração do idioma não podia estar feita de uma forma menos complicada?
  • Esta é pequena mas vale a pena falar para ficar com um número redondo (10) de falhas encontradas. Quando seleccionamos um link que “não é link”, ou seja, tem apenas a mãozinha mas não da para seleccionar o link (como na inbox do GMail) e carregamos com o botão direito do rato, aparece uma seta como aparece nas normais aplicações do Windows. Mas, se carregarmos num link como o botão do RSS do meu blog e usarmos o botão direito, aparece a mãozinha no menu. Facilmente resolvido com uma futura versão, não duvido.

Algumas destas falhas são mínimas. Outras ficamos a pensar. Outras são inadmissíveis. Já agora, o Google Chrome fica instalado em…? Essa ainda não descobri.

Apesar disto, o Google Chrome tem pontos fortes. Fica atento! Subscreve o meu RSS ou do teu lado direito subscreve por e-mail.

Já agora, isto relembra-me um artigo que li hoje num post do Celso Martinho sobre o Google querer fazer-nos ser estúpidos. Será? Aqui temos um browser muito “igual” para todos, não acham?

Rui

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