Phreaking – uma arte esquecida

Rui Cruz
Nos meus tempos do 6º ano. ou seja, há uns 10 anos, andava numa cabine da PT a fazer chamadas de borla. Quem não se lembra dos bonitos cartões de telefone, da MARCONI, dos pagers da Coca-Cola e das novas operadoras telefonicas na altura como a Novis, Jazztel, MaxiTel etc?
Pois eu em certa medida, considerei-me um phreacker da humanidade Portuguesa, ao descubrir algumas das melhores técnicas de chamadas de borla do início do século.
Cheguei a conhecer pessoas que faziam chamadas pelos beeps do telefone mas os meus feitos foram limitados às seguintes coisas:
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- Nas cabines velhas (de cor verde e azul) se colocássemos o cartão todo para dentro e o puxarmos para fora, cartão esse já esgotado, tínhamos 8:40 de chamadas grátis para onde quisessemos. Era assim a altura de mandar mensagens para os pagers dos meus amigos da escola. Na altura ganhei montes de dinheiro porque tinha o tarifário Pako que pagava por chamadas recebidas.
- No antigo 962020, se marcássemos o * e o 0 quando ouvíssemos a gravação, pedia-nos um número de voicemail. Se colocássemos um número de telemóvel, podíamos deixar mensagens no voicemail de um número TMN de borla.
- Eu e os meus amigos da escola ligávamos para a TMN a dizer que não conseguíamos fazer chamadas… e eles faziam uma chamada teste. Como tinhamos o Pako, depois de recebermos a chamada, ficávamos uma hora a fazer perguntas sobre os serviços. Eles na altura estavam convencidos que não nos era creditado o saldo da chamada por ser de telefones do call center TMN, e na altura estavam também convencidos erradamente.
- Ainda houve uma situação que não me apetece referir, até porque esta não foi para o meu registo criminal, algo que até hoje se mantém limpinho.
Hoje em dia vamos fazer o que? O VoIP e chamadas gratuitas já tiraram a pica toda à coisa…
E pronto. Era phracker. E este foi o meu manifesto. You may stop me, but you wont stop us.
Rui