Planetas e casas domésticas
Rui Cruz
Planetas são cidades grandes onde as pessoas, cada uma com sua casa ás costas, transportam toda a porcaria do seu contentor do lixo para os vizinhos ou para os 0.1% das pessoas que não têm blog e vão ler um planeta.
Exemplos de porcarias:
– [del.iso.us] Links for XX.XX.XXXX – como se eu quisesse saber todos os dias os links que uma outra pessoa apanha por aí.
– Vento: este título é seguido por uma imagem sem qualquer comentário. É óbvio que uma pessoa vê o vento, nem é preciso se descrever. O vento é cinzento, faz-se com lápis de carvão, e é semelhante a este desejo, mas com vento.
– Venho aqui agradecer…: este título é seguido por “à Maria”, com o link para a maria, e depois uma tag “more”, para a pessoa não ler o feed, clicar no site, levar com 3 blocos de AdSense mais 2 blocos de links e um de pesquisa.
Pois é. Isto para dizer que deixei de ler um agregador português ha alguns dias. Agora passei a não ler nada. E eu não o lia por feed, lia-o no site. Ler as coisas no site dá sempre outro ar, um “carinho” pelas coisas, mas depois de ver páginas e páginas de pura coisinha castanha, enjoa. Até ler o feed de notícias do Público é mais interessante ao menos ainda me rio com as gralhas dos jornalistas.
Hoje em dia a escrita em Portugal está cada vez pior. Eu considero que um post meu de 2006 e outro de 2007 (basta ver aqui) são diferentes na escrita. Mas continuo a dar erros, e continuo a não corrigir este e outros posts: está feito, publica-se. Isto é a verdade. Se os fosse corrigir, estaria a deturpar como eu sou na realidade.
A realidade dos bloggers em Portugal é outra. Escreve-se mal, escreve-se por se escrever, escreve-se por aparecer em feeds. Eu escrevo quando tenho algo a dizer.
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Por exemplo, já por várias vezes me andaram a dizer que eu fui expulso do Print Screen. Espero com a imagem abaixo ter dismistificado a coisa:
E pronto. Já disse. E agora vou-me embora. Sirvam-se vocês das críticas que fiz caso não lhes sejam indiferentes.
Rui