O BPI mente aos clientes, não investe e não sabe gerir crises internas
Rui Cruz
Tudo começou a 13 de Março de 2011. Desde esse dia até agora, tenho um cartão de coordenadas que não posso usar, um banco a mentir-me e omitir-me prazos reais e a não saber gerir uma crise de recursos interna. Ah, e não gosto do meu subgerente do balcão.
A 13 de Março de 2011 pedi um cartão de coordenadas, porque uma das minhas coordenadas não se via e outras estavam a ir pelo mesmo caminho. O cartão de coordenadas é aquele que nos permite identificar o acesso ao nosso BPI Net e BPI Direto e fazermos operações. A dia 15 ligo por outra situação e pergunto do cartão, e logo nesse dia informam-me que existe um problema com a SIBS por causa da emissão dos cartões de coordenadas. Foi aí que começou o problema.
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O meu banco não sabe o que diz
Liguei várias vezes para o BPI Direto nomeadamente nos dias 15, 18, 20, 23, 25 e 27. Não só foi mau e desagradável o facto de culparem a SIBS pelo atraso, como foi péssimo em algumas dessas chamadas dizerem que era o Banco de Portugal responsável pela emissão e ainda uma vez dizerem-me que era “uma empresa privada de Lisboa”.
E caros leitores, sabem qual é a melhor parte? Liguei para a SIBS. Eles não emitem, produzem. E não existem produções pendentes.
Caro BPI, “o meu banco” pode indicar-me porque é que estou à espera há mais de um mês do meu cartão de coordenadas e que continua a culpar uma entidade que, pelos contactos que eu fiz, não tem qualquer problema na produção (e não “emissão”) de cartões?
Ainda hoje falei com uma supervisora do BPI Direto, Sandra Silva, que me indicou novamente que os cartões eram de emissão da SIBS e que dia 8 havia uma previsão de terem já a situação em dia. Dia 8 e hoje a SIBS de nada soube. Nessa mesma chamada, houveram outras incoerências menores. E falei com uma supervisora!
O meu banco não sabe gerir a crise interna
Numa época de crise e de FMI, será que o Banco não vê que os clientes quando vêm uma coisa minimamente má começam logo a barafustar?
Dou-vos como exemplo de uma boa gestão desta crise da emissão dos cartões o banco do estado, a CGD. A CGD tem uma situação em que invisuais ou outro tipo de pessoas podem pedir a isenção de utilização do cartão matriz e pedir o NIF do cliente. Neste caso, o BPI nem essa facilidade tem para invisuais, nem tão pouco criou uma alternativa para o atraso que eles sabem ter mais de um mês (mas da parte deles, não da SIBS).
MAS… tenho um cartão de coordenadas NOVO que o meu banco me enviou, que não posso usar
Por obra e graça de não sei quem, dia 1 de Abril quando liguei furioso a perguntar pelo meu cartão alguma alma do outro mundo indicou-me que “era melhor emitir um novo cartão”. E assim foi.
O problema foi quando dia 5 recebi o meu primeiro cartão pedido a 12 de Março. Neste momento tenho um cartão inútil. Aqui fica o cartão, podem ficar com ele. Eu nem reverter para este cartão consigo. E tudo por culpa mais uma vez do BPI Directo.
O meu banco não evolui tecnologicamente
O BPI Net está exatamente na mesma em relação há dois anos. A única função nova foi o acesso ao SDD pela Internet e mesmo isso foi há cerca de um ano atrás. Pegando novamente no exemplo da CGD, a Caixa Direta teve inúmeras alterações tanto a nível de visual como a nível de funções.
Não se admite não ver uma única função AJAX no meu banco ou ainda ter botões à moda do Windows 98.
O futuro do meu banco é , é não ter ponta de credibilidade no que diz pela linha online, é falta de investimento tecnológico e é estar com um rating internacional abaixo do esperado.
E, já vos disse que não gosto nada do subgerente do meu balcão? Para arrogante já basto eu.
E com isto tudo, não tive uma resposta direta desde sexta feira: afinal, quem emite e produz os cartões de coordenadas? Está difícil saber.
Rui