2011: Portugal aproxima-se de si mesmo com as manifestações populares
Rui Cruz
12 de Março de 2011 foi um dia histórico para Portugal. Ninguém esperava tanta afluência à primeira grande manifestação do ano. Os partidos políticos e o parlamento levaram a chapada de luva branca: o povo não gostava da atitude que tinham tomado. E o que fizeram? Colocaram cá o FMI.
Claramente não perceberam a mensagem, mas mesmo assim o povo deu uma luta e mostrou que esta “geração à rasca” não se rende face aos problemas que a nossa divida publica e o nosso país apresentam tanto nos dias de hoje como para os nossos descendentes.
Os Portugueses também tomaram as ruas a 15 de Maio, no Movimento Democracia Verdadeira, Já! onde eu estive presente, onde gritamos palavras de ordem e de abandono do FMI do nosso país. Mais uma vez, dissemos basta. Os Portugueses, unidos como há muitos anos não se via, disseram que existia solução e o dia foi terminado com uma Assembleia Popular.
Seguiu-se ainda uma Acampada no Rossio durante vários dias em que se falou bastante na politica social, na politica do país e se exigiu mais mudança. Acabou, para variar, pouco tempo antes das eleições, com uma ação da Policia bastante questionável e com, por vezes, uso excessivo de força.
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Embora estas manifestações tenham sido feitas em Portugal, partiram de Movimentos Internacionais e tiveram, por exemplo em Espanha, muito maior impacto. Não deixando de fora o nosso país, para quem não estava habituado a ver pessoas na rua, temos agora muitas pessoas com vontade de mudança e em grande força de vontade para melhorar o nosso país!
Outro dia 15, outra manifestação de vontade popular. Dia 15 de Outubro, Portugal volta à rua, desta vez com uma manifestação do Marques de Pombal até á Assembleia de Republica, Portugal e o Governo Português vão mais uma vez ver o descontentamento deste povo perante a situação gravíssima que o país atravessa.
Mas afinal, que lição podemos tirar destas manifestações populares?
Três manifestações públicas em menos de um ano. Coincidentemente no mesmo ano em que Portugal pede novamente ajuda ao FMI. Claramente, o povo está a dar um “não” tanto ao Governo que cá está como ao Governo que cá esteve. E infelizmente, nenhum dos Governos parece entender a mensagem. E a mensagem esta clara como água: o povo não gosta do rumo que o país tomou, dos sucessivos endividamentos que Portugal tem e terá durante as próximas décadas. Portugal deixou de ser um país, é um gang de sobrevivência Europeu. E infelizmente, nos gangs, só os mais fortes sobrevivem. E claramente Portugal não é um dos países mais fortes.
Só o futuro decidirá o destino do nosso país, mas com este tipo de união e vontade conjunta dos Portugueses, só podemos esperar melhorias! Isto é, caso a classe politica desça do seu pedestal e olhe para o que é que o povo realmente pede.
Por Portugal. Pela sociedade. Aparece dia 15 de Outubro! Mais informação na Página do evento no Facebook.
Rui